"Geração Prozac"

Qual deve ser a relação da vida pós-contemporânea que vivemos e sindromes depressivas coletivas? As conversas estão mais abertas, as situações mais permissivas, as informações globalizadas, as relações humanas mais reais... talvez a falta da ilusão, da fantasia que era a vida de nossos avós os mantinha protegidos de lidar com situações emocionalmente humanas reais. Hoje não vivemos mais impunes pelos sentimentos demasiadamente humanos... só não aprendemos a conviver com eles. Tudo é descoberta! Tudo é escuro! Tudo dá medo! Falta coragem para desbravar essa floresta virgem, esse desconhecido que se chama Mente Humana.
Há dois anos fui diagnosticada com depressão e ansiedade excessiva. Três anos antes, minhas duas melhores amigas também. Hoje, conheço mais gente que sofreu algum grau de depressão (se é que posso chamar assim) do que aqueles que vivem, digamos, em paz com seus rompantes emocionais. Isso contando com aqueles que obviamente são depressivos, mas não sabem ou não assumem.
Vivemos uma geração onde as coisas acontecem muito rápido. O mundo parece girar mais rápido. O que fazer para acompanhar tanto desenvolvimento com todos os benefícios e maselas que isso traz? Acho que precisamos conhecer mais a nós mesmos. Nosso corpo, nossa mente, nosso espírito... observá-lo o tempo inteiro e a cada situação. Perdoar-se a si mesmo pelas falhas acometidas numa atmosfera desconhecida e projetar acertos quando essas se repetirem!
Larguei todos os meus remédios, após dois anos... já no final. Decidi experimentar lidar com os sintomas. Meus valores de vida tem como base tudo o que não faz mal ao nosso organismo (mente, corpo e alma) e nem ao dos outros. Estou buscando meu equilibrio pessoal e nas minhas relações. Hoje, tenho certeza de que nossa maior missão de vida é viver integralmente e progressivamente cada situação que o universo nos manda.
Minha maior lição nesse último mês é que "O que nós jogamos para o universo é o que ele nos traz de volta"
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