Folheto I: O Desaparecimento - A História de Joshua JJ Vallow e de Tylee Ryan - Crimes, Colapsos e Delírios Pública

{Pessoal, Transitório e em Processo} 
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Até mesmo para começar a contar essa HISTÓRIA, não existe bem um início. São tantos os desmembramentos, no passado, no presente e no paralelo, que cada pessoa que conta escolhe por lógica pessoal por onde começar. Eu escolhi contar a partir de quando a história apareceu pra o público em geral. O caso é complexo e real. As vidas de uma criança e uma adolescente foram comprometidas aqui. Além de outras descobertas ao longo das buscas.

KAY AND LARRY WOODCOOCK
Tudo começou em Novembro de 2019, quando Kay e Larry, residentes do estado de Louisiana, solicitaram à polícia de Rexburg (Idaho) um "checar de bem estar" do neto Joshua "JJ" Valow, de quem já não tinham notícias desde 11 de agosto do mesmo ano.  Os Woodcooks, avós de JJ, contaram que na última vez que falaram com o neto foi por chamada de vídeo e foi a chamada mais estranha que eles já fizeram com ele. No momento, observaram que ele estava distraído, segurando o dispositivo fixamente, coisa incomum para a superatividade do garoto que costuma andar pelo local de onde atende as chamas, sem muita preocupação em apontar a câmera para nada fixo e, parecendo, pelo desviar de olhar, que estava recebendo comandos para o que falar, de alguém que estava por trás do dispositivo dele. Esse último contato durou 36 segundo, sendo finalizado com a criança dizendo "tenho que ir, tchau".

Várias tentativas de contato se seguiram após esta última. Telefone, texto, mensagens de áudio, de vídeo, redes sociais. Silêncio. Nenhuma notícia ou feedback. A preocupação pelo motivo de parecerem estar sendo banidos da vida da criança só aumentou com o tempo deles nesse vácuo de informações. Certa de que havia alguma coisa muito errada, Kay trouxe a tona o momento em que começaram a ficar mais atentos à realidade que os cercava em relação ao garoto.

Havia 7 anos e meio que um dos filho do primeiro casamento de Kay Woodcooks tivera um bebê. Ele e a mãe do recém-nascido eram viciados em substâncias químicas e nunca tiveram condições de assumir a criança. Nos 10 primeiros meses após seu nascimento, Kay e Larry assumiram os cuidados do neto, Joshua. Devido a idade avançada, principalmente de Larry (quase 80 anos), o Estado mostrou preocupação em serem responsáveis por um bebê. Eis que o irmão mais novo de Kay, Charles Vallow, 52 anos, se ofereceu para adotar o menino junto com sua segunda esposa, Lori Vallow

CHARLES E LORI VALLOW
Residentes do Arizona, Charles era o quarto marido de Lori. Ambos sem filhos juntos mas com filhos dos casamentos prévios. Lori, com Tylee Ryan, 10 anos e Colby Ryan, 14 anos - que moravam com ela. Charles, com dois filhos que moravam com a mãe, sua ex-esposa. Assim, então, JJ passaria a ser o filho do casal e não deixaria de ter contato e convivência com os avós biológicos, Kay e Lary. Sete anos se passaram com essa dinâmica.

No dia 12 de julho de 2019, Kay é noticiada pela sua ex-cunhada e seus sobrinhos, filhos de Charles, que seu irmão havia falecido no dia anterior. Eles contaram que Lori mandou a seguinte mensagem de texto: "Olá garotos. Tenho uma notícia triste. O pai de vocês faleceu, ontem. Estou cuidando dos arranjos e mantenho vocês informados de como tudo está indo. Ainda não sei muito bem como segurar a onda dessas coisas. Só gostaria que soubessem que amo vocês e o pai de vocês também amava".  Os filhos de Charles, chocados, responderam a mensagem com várias perguntas e tentativas de ligações para saber mais informações sobre como o pai havia morrido. Para todas, inconstâncias e silêncio. 

ALEX COX
Kay, ao saber de tudo isso, foi buscar mais informações através da busca do google. Foi assim que descobriu que o irmão havia sido morto por 3 disparos de arma de fogo feitos pelo irmão de Lori, Alex Cox, na casa deles. O registro do ocorrido informava que havia sido por legítima defesa. Ela, então, passou a também tentar contato com a cunhada, Lori, sem nenhuma resposta. O contato só veio dias depois da morte do irmão, quando recebeu a mensagem de Lori que dizia "Cinco filhos sem dinheiro e o seguro de vida de um milhão de dólares todo para a irmã!". 

O ocorrido com Charles foi tratado como incidente esclarecido e não recebeu nenhum tipo de investigação mais profunda. Foi encerrado. Seu corpo foi cremado e depositado de acordo com a vontade de Lori que permaneceu sem dar explicação alguma para a família dele. Mais tarde, já em 2020, veio à tona as imagens da bodycam do policial que prestou o primeiro atendimento a Charles. 911 foi acionada pelo próprio Alex, irmão de Lori, que estava no local quando o atendimento chegou. Retorno a esse ponto mais a frente.

Continua Parte II...

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