Eu e L. Hay – O Passado Esquecido!

Nossos sentimentos são frutos dos nossos pensamentos e nós somos donos desses! Um dos meus maiores treinamentos (aprendizados e conquistas), desse ano, foi o de esquecer tudo de ruim que vivi no mais recente ou mais remoto passado e tirar as consequentes tristezas de dentro de mim!
Conversei sobre isso com minha avó, um dia. Depois disso, ela, que vive do passado desde que meu amado avô faleceu há 13 anos, passou a conversar comigo assim:
– ô minha filha, uma vez eu fiquei tão magoada porque (pausa, da um sorriso lindo)… me esqueci que não era pra lembrar do passado ruim pra o sentimento ruim não voltar! É que eu me esqueço…. hahahahahahahhahaha…. lindo isso!
A gente aprende desde pequenos que “o que os olhos não veem, o coração não sente.” Pra mim, hoje, acredito que os olhos podem até ver… mas o que a gente não PENSA é que o coração não sente! Pra isso, não fomos treinados. Por isso, parece tão difícil… mas é treinamento… é processo… e o processo é maravilhoso, como diz uma das minhas amigas… e tem que ser. Esse processo nunca vai ter fim, porque sempre vão existir coisas ruins e sempre teremos que exercitar não pensar, pra não sentir!
No MEU processo, são muitas mágoas e trabalho nelas individualmente, até chegar o momento que não existirá mais esforços. Minhas tristezas, trabalho me ocupando, conversando, pensando em questões bobas como “por que o telhado da casa ao lado só acumula lodo na parte mais horizontal e na diagonal, as telhas continuam da mesma cor?” e por aí vai… claro, estou num momento sabático de ócio criativo. Quando estiver trabalhando em período integral, o mecanismo vai ser outro.
Por outro lado, existem as tristezas que só foram assim por causa do ângulo de visão em que eu estava. Daí o “não pensar” passa a ser “trabalhar nela”, ou seja, pensar sob outra perspectiva… sair do lugar e mudar meu ângulo de visão do mesmo fato. O que também leva tempo, paciência, insistência e finalmente o tornar esse novo lugar, seu real!
Finalizo esclarecendo que não sou uma lagarta em mutação… borboleta já virei há anos. Essa fantasia, deixo para os mais novos ou os que ainda não tiveram essa oportunidade. Assim como tem gente que já nasceu borboleta! E ao contrário das historinhas de contos de fada, onde a borboleta que sai do casulo e voa ou o casamento com o príncipe encantado são o “the end”, a realidade é bem diferente!
Eu, prefiro o que acontece depois! As dificuldades, a liberdade, os erros, os acertos, as alegrias, as tristezas, mas, principalmente e mais importante, os processos.
C.C.
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