Ayrton Senna e Meu Pai

Passei a minha vida acordando no domingo de manhã com o barulho dos carros de fórmula 1 vindo da TV que meu pai e meu avô assistiam a corrida, na minha casa de Gravatá... daí, claro que sábado, meu pai foi entrevistado pro caderno especial de 10 anos da morte de Senna, do Jornal do Commercio.. um dia depois são 10 anos do falecimento do meu avô também... meu pai conta essa história na entrevista...

10 ANOS DE SAUDADE
Um ídolo não se esquece
Publicado em 01.05.2004

“Sei quanta gente fica feliz num domingo depois que ganho um grande prêmio. Eu me gratifico com esse retorno.”ANDRÉ ALBUQUERQUE A morte de Ayrton Senna não encerrou apenas a carreira de um dos pilotos mais vitoriosos da Fórmula-1. No dia 1º de maio de 1994 morreram junto com o brasileiro os sonhos e a torcida de vários fãs em todo o mundo. Muitos aficionados do ídolo perderam o estímulo de acordar cedo aos domingos para acompanhar as corridas da F-1. Treinos aos sábados, nem pensar. Eles se tornaram órfãos da categoria e da habilidade do piloto considerado o melhor em todos os tempos...

... INSUBSTITUÍVEL – O engenheiro e estudioso da Fórmula-1 Ronaldo Rêgo é mais um órfão de Senna. Apesar de acompanhar a F-1 desde o tempo do argentino Juan Manuel Fangio, na década de 50, e ter várias revistas históricas, fitas, livros e documentários, Ronaldo afirma que nunca viu um piloto mais qualificado que o brasileiro. “Ele é insubstituível”, desabafa. Segundo o engenheiro, o fato mais marcante na carreira do piloto foi a vitória no Brasil em 1991, quando as marchas foram quebrando no decorrer da corrida e ele terminou cruzando a linha de chegada apenas com a sexta marcha funcionando. “Eu estava em Interlagos e não sabia o que estava acontecendo, mas quando ele venceu ficamos muito emocionados, principalmente quando soubemos que ele terminou a corrida apenas com uma marcha”, comentou Ronaldo, que estava no autódromo nos GPs do Brasil de 1988, 1990 e 1991 e no de Portugal em 1986.
No dia da morte de Senna, o engenheiro estava assistindo à corrida em casa e se comunicando o tempo todo com o sogro, algo comum nos dias de GP. Até que o brasileiro morreu. “Quando ele bateu eu já sabia que Ayrton tinha falecido. O mais marcante nessa história é que meu sogro, no outro dia pela manhã, enfartou e morreu. Não tenho dúvidas que foi uma conseqüência da tragédia, pois ele também gostava muito de Senna.”


COMENTÁRIOS

Carlinha - EU MESMA] AS MENSAGENS ABAIXO FORAM ENVIADAS AO MEU E-MAIL EM RESPOSTA A ESSA MATÉRIA!!! AGORA É COM VOCÊS!!!08/05/2004 02:24

[Marquinhos] Lindo Carlinha. Eu me lembro vagamente do teu pai. Não sabia que ele era tão aficcionado por fórmula 1. Essa história é linda. Teu pai, teu avô, que inclusive não era nem o pai dele, unidos pelo amor ao grande ser humano que foi Senna. Também me lembro daquele fatídico domingo. Acordei tarde, morrendo de ressaca e vi meu pai e o meu tio na mesa. Os dois bebiam e choravam e eu não entendia nada. Foi quando Roberto Cabrini, que se firmou como jornalista ao dar aquela notícia, comunicou ao Brasil a morte do piloto. Beijos, do amigo de sempre.08/05/2004 02:21

[Guga] Ai tio, mandou bem. Grande beijo. Carlinha, te amo também, embora a distância seja grande, nossos corações sempre estaram juntos pela força do AMOR de nossa família. Beijão a todos. Guga.08/05/2004 02:19

[Deza] Ta ligada quem pautou teu pai ni??? Beijos08/05/2004 02:19

[Lu] Carlinha querida! Como você tá? Que legal a matéria do seu pai, né?As lembranças...08/05/2004 02:18

[Bruno] Carlota, Muito legal a matéria. Como lembro das corridas aos domingos! Deu saudades de seu Manoel que era gente da melhor qualidade... mas a vida é assim mesmo, fica a boa lembrança!(...) Que bom que você vem para o São João. Vamos curtir a festa juntos desta vez. Nos falamos. Beijos,08/05/2004 02:17

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